Família de taxista que morreu na UPA de Brotas em Salvador nega COVID-19 como causa
Pai contesta informações da Associação Geral dos Taxistas (AGT) e diz que amostra da coleta está sendo analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN)
A família do taxista Clebson Pereira da Silva, de 29 anos, que morreu nesta sexta-feira (8), na UPA de Brotas, em Salvador, contesta que a morte tenha sido causada pela COVID-19. Com o laudo em mãos, o pai, também taxista Bartolomeu Silva, afirma que o filho morreu de insuficiência respiratória aguda e suspeita de infecção por coronavírus.
A confirmação da morte por coronavírus foi divulgada neste sábado (9) pelo Jornal Correio da Bahia, com informações da Associação Geral dos Taxistas (AGT)¸ segundo a qual Clebson trabalhava como auxiliar e atuava nas imediações do supermercado Walmart, na Avenida da Vasco da Gama.
Ainda de acordo com pai do taxista, o resultado do teste específico sairá em sete dias. Até então a morte do taxista entra na lista de casos de suspeitos. A amostra coletada está sendo analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN).
A causa da morte não é a única contestação da família. O primo do taxista disse que a UPA de Brotas, não apresenta estrutura para atender pacientes com suspeitas de Covid 19 “Descobrimos muitas coisas erradas na UPA de Brotas, lá está morrendo gente atrás da outra e ninguém mostra nada. Além de não ter nenhuma estrutura para atender pessoas com suspeitas do vírus, faltar teste rápido, não tem nada”, disse o parente.
“Estava no interior e liguei para o meu filho, Clebson me disse que estava bem e me pediu para ir à igreja evangélica, e que queria muito participar do culto antes de irmos para emergência. Checamos na igreja do Iguatemi e assistimos a reunião, aí ele passou mal durante o culto, e o segurança da igreja perguntou se ele estava bem, responde que não. O segurança junto com outras pessoas quis leva-lo para UPA, foi quando Clebson disse “Só saio daqui quando eu me batizar e entregar a minha alma para Jesus”, o meu filho aceitou a Jesus antes ir embora. E ao chegar na emergência, ele me deu um sinal de despedida e quando foi às 8h da noite, recebe um recardo pelo telefone informando a morte de meu filho”, relembra muito emocionado, o pai do taxista.
A informação repassada a ele era de que o filho havia sofrido parada respiratória. “Eles me falaram que não tinha nada de coronavírus”, afirma.