“Dói mais aqui dentro”, diz repórter agredida em Salvador; imagens serão encaminhadas ao MP
Após serem agredidos por dois homens enquanto trabalhavam, na manhã desta segunda-feira (16/1), cobrindo um acidente na Avenida Orlando Gomes, em Salvador, o cinegrafista George Luiz, o motorista Marcos Oliveira e a repórter Tarsilla Alvarindo, da TV Record, prestaram queixa na 1ª Delegacia Territorial/Central de Flagrantes.
No ocasião, Tarsilla, que levou um soco no rosto, concedeu entrevista ao repórter Fábio Gomes, da TV Aratu, e afirmou: “a dor na minha face é muito menor que a dor que estou sentindo aqui dentro”.
Ela já havia relatado a agressão em seu Instagram, mais cedo. “[…] Fui agredida agora há pouco durante um link que estava fazendo sobre um acidente. Inicialmente, um familiar me pediu que a gente não filmasse, não mostrasse ninguém, e eu respeitei aquele momento, conversei com ele, disse que a gente não mostraria de perto, como eu fiz”, iniciou Tarsilla, explicando que entrou ao vivo falando sobre o óbito, mas sem citar nome e sem mostrar o rosto de ninguém.
Quando os integrantes da equipe já estavam se preparando para entrar no carro e deixar o local, dois homens os abordaram. “Um deles me deu um soco no rosto. Eu ‘tô’ sentindo aqui, essa parte do rosto”, concluiu Tarsilla.
Equipe da TV Record é agredida ao cobrir acidente na Avenida Orlando Gomes; repórter Tarsilla Alvarindo levou soco no rosto
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Vídeo: reprodução/Instagram (Tarsilla Alvarindo) pic.twitter.com/XJ2awvbFHp
— Aratu On (@aratuonline) January 16, 2023
SINJORBA REPUDIA E FENAJ PEDE AÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) emitiu nota de repúdio e se solidarizou com o trio de profissionais. Disse que, junto com a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), vão se reunir com Ministério Público do Trabalho, Ministério Público do Estado da Bahia, Tribunal de Justiça da Bahia, Secretaria de Segurança Pública, Polícia Militar, Ordem dos Advogados do Brasil, Assembleia Legislativa, Defensoria Pública, entre outras autoridades, e representantes dos veículos, “para pedir providências urgentes para preservar a segurança dos jornalistas na atividade profissional”.