Desabamento que deixou quatro mortos no bairro de Pituaçu completa um ano nesta quarta-feira (13)
Nesta quarta-feira (13), o desabamento de um prédio no bairro de Pituaçu, em Salvador, completa um ano. A tragédia, que matou quatro pessoas de uma mesma família, ficou marcada pelo silêncio dos sobreviventes e o vazio no local onde a construção ficava. As informações são do G1.
Sete pessoas moravam no imóvel que tinha quatro pavimentos e ficava na Rua Alto de São João. As vítimas do incidente foram uma mulher, de 34 anos, os dois filhos – um bebê de 1 ano e uma criança de 12 – e o irmão dela, de 31. Os três sobreviventes são um casal e a filha.
No espaço onde ficava o prédio sobrou apenas uma viga e pedaços de tijolos. Os contornos de delimitação do imóvel ainda podem ser vistos por quem chega no terreno. O desabamento aconteceu no início da manhã do dia 13 de março de 2018, uma terça-feira, durante uma forte chuva que atingiu a capital baiana.
As três pessoas resgatadas com vida são Alex Pereira de Jesus, 30 anos, a esposa dele, Beatriz Menezes, de 31, e a filha do casal, Sabrina Menezes de Jesus, que hoje tem 1 ano e 11 meses. Os três moravam no nível de cima do prédio, que era dividido entre subsolo, térreo, primeiro e segundo andar.
O portal G1 entrou em contato com Alex por telefone, que preferiu não falar sobre o assunto. Na Rua Alto de São João, vizinhos da família disseram que, desde a tragédia, nenhum dos três sobreviventes voltou ao local.
Alex é irmão dos dois adultos – Rosemeire Pereira de Jesus e Alan Pereira de Jesus – e tio das duas crianças – Arthur da Silva de Jesus (o bebê) e Robert de Jesus – que morreram no desabamento.
A Defesa Civil de Salvador (Codesal) informou ao G1 que o imóvel ficava em meio à encosta, de modo irregular na área do Parque de Pituaçu. Na época do desabamento, a Defesa Civil chegou a levantar a suspeita da construção irregular, mas disse que o imóvel não estava em uma área de risco. A Codesal pontuou ainda que a possibilidade de desabamento foi agravado pelas chuvas que caíam na capital, no dia do incidente.
OUTRAS FAMÍLIAS
Três famílias ainda seguem recebendo o auxílio. De acordo com a Semps, o valor será pago por tempo indeterminado, até que o município entregue um novo imóvel aos antigos moradores do local. A secretaria detalhou que essas três famílias foram contempladas porque uma teve a residência demolida e as outras duas precisaram ser relocadas por conta do risco no local.
A Semps informou, ainda, que as outas nove famílias não são mais contempladas pela assistência porque receberam um novo imóvel no Residencial Margaridas, que fica no bairro de Jardim das Margaridas, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida.
Foto: Reprodução