Justiça

Caso Sara Freitas: Motorista que levou cantora para ser executada é condenado por júri popular

O crime ocorreu após Sara desaparecer em 24 de outubro; seu corpo foi encontrado quatro dias depois em rodovia na Bahia.

O motorista por aplicativo, Gideão Duarte de Lima, foi condenado a 20 anos e 4 meses de prisão pelo assassinato da cantora gospel Sara Freitas, nesta terça-feira (15). O julgamento aconteceu no Fórum Desembargador Gerson Pereira dos Santos, no município de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), e foi conduzido por Júri Popular.

Gideão foi o primeiro dos quatro acusados a ser julgado pelo crime. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado. De acordo com o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), ele foi condenado por homicídio qualificado, com agravantes de ocultação de cadáver e associação criminosa. A sessão durou mais de 12 horas e ouviu sete testemunhas, sendo cinco homens e duas mulheres os jurados que decidiram o veredito.

O caso

Sara Freitas desapareceu em 24 de outubro de 2023 após sair de casa, no bairro de Valéria, em Salvador, rumo a uma reunião religiosa em Dias D’Ávila. Quatro dias depois, em 27 de outubro, seu corpo foi encontrado às margens da rodovia BA-093. As investigações indicam que ela foi atraída para uma emboscada arquitetada pelo próprio marido.

A Justiça determinou que todos os envolvidos no assassinato deveriam ser julgados por Júri Popular. No entanto, os demais acusados — Ederlan Santos Mariano (esposo de Sara), Weslen Pablo Correia de Jesus (o “Bispo Zadoque”) e Victor Gabriel Oliveira Neves — recorreram da decisão e aguardam definição de nova data para julgamento. Todos seguem presos no Complexo Penal da Mata Escura, em Salvador.

A família pediu à imprensa que a artista não seja mais chamada de “Sara Mariano”, para desvincular o nome do marido.

Os acusados

  • Ederlan Santos Mariano: marido da vítima, apontado como o mandante do assassinato. Teria oferecido R$ 2 mil pela execução de Sara. Segundo familiares, ele era agressivo e forçava relações com a esposa. Foi o primeiro a ser preso, em 28 de outubro de 2023.
  • Gideão Duarte de Lima: motorista por aplicativo de confiança da cantora. Levou Sara ao encontro dos executores e os transportou novamente após o crime. Também teria retornado ao local com os comparsas para tentar queimar o corpo da vítima. Recebeu R$ 400.
  • Victor Gabriel de Oliveira Neves: segurou a cantora para que fosse esfaqueada por Weslen. Recebeu R$ 500 e também participou da ocultação do cadáver. Foi preso em 15 de novembro de 2023, em Camaçari (RMS).
  • Weslen Pablo Correia de Jesus (Bispo Zadoque): executor do crime. Esfaqueou Sara e participou da ocultação do corpo. Também mantinha proximidade com a vítima em igrejas evangélicas. Foi preso em 14 de novembro. Recebeu R$ 900.
  • “Cantor Davi Oliveira”: não participou diretamente do crime, mas, segundo os demais acusados, sabia do plano. Teria recebido R$ 200 como “cortesia”. A polícia ainda não informou se ele será formalmente indiciado.

A mãe de Sara revelou que a filha planejava sair de casa e teria algo importante para contar à família pouco antes de desaparecer.

 

Créditos: Bnews

 

 

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