Caso Lucas Terra: começa julgamento de pastores no Fórum Ruy Barbosa
O "pedido de justiça" da família do adolescente já dura mais de 20 anos. Em novembro de 2018, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou o processo contra os pastores, por falta de provas.
Os dois pastores acusados de envolvimento no assassinato do adolescente Lucas Vargas Terra, ocorrido em março de 2001, estão submetidos a júri popular, nesta terça-feira (25/4), no fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva sentaram no banco dos réus, às 8h, para um julgamento que tem previsão de terminar na próxima sexta-feira (28/4).
O “pedido de justiça” da família do adolescente já dura mais de 20 anos. Em novembro de 2018, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou o processo contra os pastores, por falta de provas.
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão e, no dia 17 de setembro de 2019, a 2ª Turma do STF, em Brasília, decidiu a favor do recurso. Os ministros Celso de Melo, Carmen Lúcia, Luiz Edson Fachin e Gilmar Mendes votaram a favor da decisão, enquanto Ricardo Lewandowski foi contra. Na época, após receber a notícia, a mãe do adolescente, Marion Terra comemorou o resultado.
“Eles vão a júri popular, acabou gente, acabou, o Fernando Aparecido da Silva e o Joel Miranda vão sentar no banco dos réus porque a palavra final, a última palavra vem do nosso supremo juiz, o juiz dos juízes, o senhor dos senhores”.
Nesta terça-feira (25/4), ela conversou com a reportagem do programa Bom dia Bahia da TV Aratu e lamentou e, durante um pronunciamento forte, lamentou a ausência do marido, nesse momento, ele que foi um eterno lutador pela justiça em favor do filho.