Três anos depois, Brumadinho repete cenas da tragédia ambiental de Mariana
Rompimento de barragem da Samarco contaminou 700 quilômetros do Rio Doce, desalojou 300 famílias e deixou 19 mortos
O rompimento de uma barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), repete as cenas do que é até agora o maior desastre ambiental já registrado. Em 5 de novembro de 2015, uma barragem da Samarco se rompeu em Mariana e deixou como saldo um rastro de lama contaminada que destruiu cerca de 700 quilômetros do Rio Doce entre Minas Gerais e o litoral do Espírito Santo, 19 mortos, o distrito de Bento Rodrigues submerso e incontáveis prejuízos às cerca de 300 famílias desalojadas. A reportagem e da VEJA.
Os impactos foram sentidos por cerca de meio milhão de pessoas. Estima-se que, com o rompimento da barragem, 39,2 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério tenham percorrido os Rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce até desembocar no Oceano Atlântico. O tsunami de lama afetou diversas comunidades ribeirinhas mineiras e capixabas pelo caminho. Contaminou a água, tirou o trabalho de pescadores que dependiam dos rios para sobreviver, matou animais e plantas.
Após o rompimento da barragem, um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) assinado entre a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP, com a União e diversas autarquias federais e estaduais, criou a Fundação Renova, responsável pela reparação dos danos decorrentes. As ações passaram a ser definidas pelo Comitê Interfederativo, que reúne também órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Agência Nacional de Água (ANA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do governo federal.
Às informações são da revista Veja
Foto: Reprodução