Politica

Falso cartão de vacinação de Bolsonaro foi emitido por computador do Planalto, aponta relatório da PF

Operação Venire, da Polícia Federal, aponta que conta do ex-presidente era administrada pelo tenente-coronel Mauro Cid, preso nesta quarta-feira (3)

A investigação da Polícia Federal (PF) identificou que o cartão de vacinação fraudulento de Bolsonaro foi emitido por um computador no Palácio do Planalto. No documento consta que o ex-presidente teria recebido três doses da vacina contra a covid-19. O ex-chefe do executivo nega ter se vacinado.

De acordo com reportagem do Estadão, um relatório enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as investigações de inserção de dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde, afirma que o certificado de vacinação fraudulento do ex-presidente foi emitido através do ConectSUS. O computador utilizado para acessar o aplicativo nos dias 22 e 27 de dezembro de 2022 pertencia à Presidência da República.

Um terceiro acesso ao aplicativo ainda foi feito no dia 30 de dezembro pelo celular do ex-ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, preso nesta quarta-feira (3) durante a operação que investiga o caso. O e-mail do Coronel Cid dava acesso à conta do ex-presidente, levando a PF a crer que o ex-ajudante administrava a conta.

Após gerar o primeiro certificado de vacinação falso, o endereço de e-mail vinculado ao sistema foi trocado, passando a ser utilizado o do coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência da República.

“A alteração cadastral pode ser atribuída ao fato de que Mauro César Cid deixaria de assessorar o ex-Presidente Jair Bolsonaro a partir de 01 de janeiro de 2023, passando tal função a ser exercida por outras pessoas, dentre elas, Marcelo Câmara, que inclusive viajou para a cidade de Orlando em três oportunidades para acompanhar Jair Bolsonaro. Isso explicaria a mudança no cadastro do aplicativo ConecteSUS do ex-presidente, que deveria ficar a cargo de alguém que estivesse mais próximo, no caso, o Assessor Marcelo Costa Câmara”, afirma a PF.

 

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