Após o ex-jogador Daniel Alves ser condenado a quatro anos e seis meses de prisão por ter estuprado uma jovem em Barcelona, a defesa do brasileiro informou que vai recorrer da sentença. Ao jornal La Vanguardia, a advogada Inés Guardiola disse que estuda o texto da decisão e continua defendendo a inocência do ex-jogador.
“É uma sentença longa. Vamos recorrer e defender a inocência até o fim”, disse ao jornal. Guardiola deve visitar Daniel na prisão ainda nesta quinta-feira (22), para explicar o conteúdo da decisão. Além dos quatro anos e seis meses de prisão, ele também terá um período de cinco anos em liberdade vigiada após o cumprimento da sua pena. Daniel esteve preso por 13 meses antes da sentença, esse período deve ser descontado na pena.
A defesa de Daniel adotou duas estratégias para tentar reduzir a pena. Uma delas foi o pagamento de 150 mil euros na Justiça, como “atenuante de reparação de dano causado”. Como o baiano estava sem acesso aos seus bens no Brasil, ele contou com a ajuda financeira de Neymar e de sua família para fazer o depósito.
A acusação havia pedido a pena máxima em casos de estupro na Espanha: 12 anos de prisão. Agora, tanto a defesa de Daniel quanto a da vítima podem apresentar recursos, o que levaria o caso à Sala de Apelações do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha. A defesa da jovem de 23 anos, no entanto, diz ter gostado da sentença. “Estamos satisfeitos porque a sentença reconhece o que temos dito o tempo todo: que a vítima estava dizendo a verdade e que sofreu”, disse o advogado David Saenz ao jornal.