Brasil

Coberturas em madeira devem atender norma de desempenho da construção civil

Experiência profissional e conhecimento das regulamentações são pontos essenciais para contratação do serviço

Edificações Habitacionais – Desempenho, em 2013, as exigências na elaboração de projetos aumentaram. No caso de estruturas de cobertura – item que aparece na parte 5 da norma -, tornou-se obrigatório o dimensionamento da estrutura segundo a norma pertinente ao material utilizado, indicação da vida útil de projeto, detalhes de montagem, informações sobre manutenção e uso, especificações de materiais para atendimento aos critérios de desempenho referente ao impacto de chuva de granizo, conforto térmico e acústico, ação de fogo, entre outros.

 

Segundo o engenheiro civil, especialista em estruturas de madeira, Guilherme Stamato, a madeira é a primeira opção para os projetos de coberturas de edificações residenciais no país. “A escolha é feita, em partes, devido ao custo competitivo, disponibilidade de material e mão de obra”, explica. Além disso, ele lembra que são muitas as soluções estruturais e os sistemas construtivos que podem ser aplicados em estruturas de madeira para cobertura. “Pode-se escolher, entre espécies nativas ou de floresta plantada; sistemas construtivos mais industrializados ou menos, em função das características da obra, tais como quantidade de repetição, facilidade de içar as peças maiores (industrializadas) ou menores (montadas no local), cronograma de montagem etc”, explica.

 

No entanto, para que as construtoras tenham as garantias e a segurança de usar a madeira em seus projetos, é essencial exigir dos responsáveis técnicos pelo desenvolvimento das estruturas de coberturas a apresentação de todos os projetos contemplados na norma ABNT NBR 15575:2013.

 

Outro ponto que merece atenção é que desde o janeiro de 2017, o Ministério das Cidades incorporou diversas exigências da norma de desempenho ao Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil (SiAC), que é parte do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). Com o Regulamento do SiAC, entre os Requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade para a obtenção do Nível A do PBQP-H, passa a ser necessário a apresentação de todos os projetos exigidos pela norma. Construtoras que obtêm o nível máximo no Programa podem aprovar projetos e financiamentos junto à Caixa Econômica Federal e outras instituições de crédito privadas, participar do programa “Minha Casa, Minha Vida”, habilitar a empresa para participação de licitações municipais e estaduais; obter benefícios junto ao BNDES e estabelecer padrões de qualidade dos empreendimentos realizados.

 

Na avaliação de Stamato, a construtora que contrata especialistas no assunto deve exigir um detalhamento do projeto. “Os documentos servirão para orientar a contratação da equipe de execução até a fiscalização da correta execução, adequando a estrutura de cobertura não só às exigências da norma de desempenho e ao SiAC, mas às melhores práticas de construção e, consequentemente, aos melhores resultados para os negócios”, completa.

Foto Divulgação

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