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Apesar da crise, empresárias comemoram venda de licores durante o São João: “Triplicou”

O São João de 2020 foi diferente de todos os outros: as ruas não estão enfeitadas, as fogueiras estão apagadas e as festas sendo dentro de casa. Apesar da crise econômica, nesta época festiva a pandemia do novo coronavírus afetou de forma positiva na vida de pequenos empreendedores.

Em contato com o Varela Notícias, a empresária Edilene Lima conta que aproveitou o momento de crise para investir, ao lado da filha Evelyn Lima, na venda de licores. A empresária atua há seis anos na área de controle de pragas em reservatórios de água na capital baiana, mas atualmente a comercialização da bebida está sendo sua principal fonte de renda.

“Surgiu a ideia de entrar em contato com os fornecedores para verificar os valores de atacado e revender [licor]. Começamos pegando uma caixa de cada, e fomos divulgando, né, sempre tomando os maiores cuidados com as caixas, usando álcool em gel”, afirma.

“Hoje a gente está mantendo a nossa casa com o lucro dos licores. Eu continuo com a empresa, mas a principal renda hoje são os licores. A nossa pretenção é continuar vendendo durante o ano todo, porque o lucro foi muito bom”, completa.

De acordo com Edilene, o comércio do produto pode contar com o atendimento delivery. “As pessoas não estão tendo acesso aos locais que vendem e o delivery facilitou bastante. Não precisa sair de casa, cobramos uma taxa mínima para fazer a entrega e as pessoa tem a opção de comprar de várias marcas sem estar se expondo ao risco do vírus”.

A empresária Sara Novaes, 34 anos, também comemora os bons resultados e afirma que, por conta da pandemia teve que tercerizar o negócio para atender a demanda, pois as vendas triplicaram em comparação ao ano passado.

“Meu licor não é a minha renda principal, mas eu vendo durante o ano todo. Por incrível que pareça essa pandemia afetou de uma forma positiva para o meu comércio. Em comparação ao ano de 2019, minha demanda triplicou. Como neste ano o São João foi cancelado, investimos em venda de atacados, então pensamos em tercerizar as vendas e desde o início de maio colocamos revendedores na cidade de Salvador e em outras cidades também. Ajudou não só a gente, mas como outras pessoas que estavam em casa sem ter como fazer uma ‘graninha’ extra”, disse Sara.

Efeito negativo

Em algumas regiões do Brasil, como no município de Paulista, em Pernambuco, a venda de fogos e de fogueiras foi proibidas, pois a fumaça pode afetar pacientes testados positivos para Covid-19, por comprometer o sistema respiratório.

Em Lauro de Freitas, a vendedora Natalice Soares, 51 anos, afirma que apesar de não haver a proibição do comércio de fogos na região, as vendas foram afetadas em comparação aos outros anos, causando um efeito negativo. Natalice atua no comércio há cinco anos.

“A venda de fogos não é a minha renda principal, é uma renda para complementar as outras, só vendemos a apartir do ínicio de maio ao início de julho (…) Alguns pais ainda tem comprado fogos para seus filhos soltarem em sua própria residência, mas em relação ao passado as vendas caíram por conta da pandemia, porque a fumaça afeta as pessoas que foram infectadas pela Covid-19”, afirma comerciante.

De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, o nordeste deve ter um prejuízo de pelo menos R$ 1 bilhão na economia por conta do cancelamento das festas de São João, levando em consideração as festas do estado da Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

 

Fonte: BNews

 

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