Vereadores de oposição visita a SEPROMI para discutir o carnaval de Salvador
A bancada de oposição da Câmara Municipal do Salvador compareceu na SEPROMI- Secretária de Promoção da Igualdade Racial para uma reunião com a secretária Fabya Reis onde foram tratados assuntos relacionados ao carnaval de salvador. O objetivo é contribuir para que o evento de rua continue como uma das maiores manifestações culturais do Brasil e do mundo.
O vereador e presidente da Comissão Especial de Carnaval, Moisés Rocha explicou sobre a visita e expôs o objetivo da reunião. O edil ressalta que o Carnaval traz para a cidade muitos recursos fazendo ter atividades intensas gerando empregos, renda e visibilidade nacional e internacional.
“É preciso ser debatido, discutido precisa encontrar alternativas para fortalecer o Carnaval e cada vez mais nas suas raízes, origens e fontes que são os blocos afros, são afoxés, os blocos de índios, na sua matriz principal e a SEPROMI tem um papel fundamental nessa questão”, disse.
O representante da comissão Especial de Carnaval disse falou sobreo objetivo de fortalecer a cultura, “no fundo no fundo os Camarotes e blocos da Barra e os maiores tem mecanismo para buscar patrocínios e infelizmente vivemos no país racista que tem dificuldade em ver seus produtos vinculados a população negra. Precisamos repensar o Carnaval de Salvador, “Não reinventar a roda, mas resgatar muito da tradição perdida” diz Moisés Rocha.
Além de falar sobre o Carnaval de Salvador, foi citado o edital e participações dos blocos negros e o Carnaval nas comunidades. O líder da oposição Sidninho disse que a intenção da bancada é visitar outras secretarias.
A vereadora Marta Rodrigues líder do PT na Câmara Municipal junto com os vereadores da oposição, disse que tem acompanhado todo o processo do edital no qual tem a ver com convênio, com regras estabelecidas ao edil, em conversa com o site, disse que fez uma proposta junto com Câmara Municipal do Salvador, SEPROMI e a Escola do Legislativo da Câmara dos Vereadores, para promover um curso para as entidades que pretendem celebrar convênios com o Estado ou Município e essas entidades, possam a obter mais informações sobre regras que são estabelecidas no edital e assim não ocorrer uma situação de ficar por fora por conta de informação.
“Vamos fiscalizar, acompanhando as entidades e órgãos públicos que tem ação direta no Carnaval tanto no estado quanto também no município que é nosso papel, para o próximo ano a partir desse olhar de fiscalização, ser encaminhado tanto para prefeitura quanto para o governo redimensionando o orçamento pela importância que tem cada política pública para o Carnaval”, disse.
Já o vice-líder da oposição Luiz Carlos Suíca (PT) comentou sobre as burocracias da inscrição para o edital e que a reunião também tem o objetivo de garantir que o carnaval do próximo ano para com os blocos afros e das comunidades sejam todos justiçados.
Suíca expos a situação de blocos que não conseguiram se inscrever no edital, e pede mais respeito e fiscalização. “O Ouro Negro tem vária falhas e ao longo dos anos não conseguiu ser corrigida, a primeira falha é você entregar nota, credenciar e buscar dinheiro, e tal… Isso acabou criando um vício em determinado setores, por exemplo, alguns blocos acabam não saindo ou fazendo de conta que saia e recebia o dinheiro, e daí começou uma confusão, por conta disso, se criou outras entidades para defender os injustiçados. Se o governo municipal estiver fazendo de forma irresponsável cabe nós enquanto vereadores investigar isso, como no Nordeste de Amaralina, existem Associações de blocos que recebem dinheiro da Bahiatursa sem sequer ter registro, isso é um crime, e precisamos denunciar esse tipo de coisa”, desabafou Suíca.
O vereador Carlos Muniz citou a participação do governo do estado com o carnaval e ressalta, “a festa não é só acontece com o apoio prefeitura de e sim com o auxílio dos dois poderes”.
A vereadora Ana Rita levou para pauta a sugestão de oferecer aos candidatos ao edital, um curso de capacitação para o lado burocrático.
No final da reunião a secretária da pasta Fabya Reis disse que estar à disposição para diálogos e debates e explicou durante a entrevista um pouco mais sobre a agenda e a campanha do Carnaval com o tema, carnaval sem racismo.
A secretária explicou sobre alguns blocos e organizações que não conseguiram entrar na avaliação. “Alguma organizações nos procuraram e esse foi um dos motivos, demos a informação que pelos prazos editalisticos estiveram após o horário e isso dificulta a entrada para a avaliação de blocos, todavia a gente entende que é um processo cada vez mais democrático de ampla participação para a que as pessoa possam fazer as suas adequações e ter o apoio, são 5 milhões e 800 mil do Ouro Negro apoiando os blocos de samba, afoxé, s blocos Afros e blocos também da capoeira o que a gente quer é cada vez mais consolidar”, concluiu.
Às informações são do PernambuésÁgora
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