Serviço de combate ao racismo alcança 1,3 mil abordagens no Carnaval
Os números foram divulgados pela titular da pasta, Fabya Reis, em coletiva de imprensa realizada na manhã nesta quarta-feira (14).
O serviço de enfrentamento ao racismo no Carnaval de Salvador, oferecido pelo Governo do Estado, alcançou a marca de 1.321 abordagens em seis dias de festa, por meio da equipe do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela. Durante a ação, profissionais da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) entrevistaram foliões e trabalhadores, principalmente vendedores ambulantes e cordeiros.
Os números foram divulgados pela titular da pasta, Fabya Reis, em coletiva de imprensa realizada na manhã nesta quarta-feira (14), no Campo Grande. Na oportunidade, dirigentes de órgãos e secretarias estaduais apresentaram balanços sobre os serviços e ações do Governo do Estado durante a folia.
Os entrevistados pela Sepromi, mais de 70% autodeclarados negros, receberam material informativo e orientações sobre procedimentos de denúncia em casos de violação de direitos. As sensibilizações ocorreram nos circuitos Osmar, Dodô e Batatinha e também chegaram aos carnavais de bairro, a exemplo da Liberdade, Cajazeiras e Nordeste de Amaralina, por meio da Unidade Móvel do Centro Nelson Mandela.
Para Fabya Reis, os trabalhos cumprem, sobretudo, o papel educativo e de reforço à luta antirracista. “Nosso serviço desenvolvido ao longo dos carnavais já faz parte das ações estratégicas anuais, potencializando as políticas de promoção da igualdade racial. Neste ano, podemos destacar como grande incremento a atuação da Unidade Móvel do Centro Nelson Mandela, o que garantiu um trabalho itinerante nos espaços de festa”, pontuou a gestora.
A secretária ressaltou ainda a importância da efetivação das denúncias, em qualquer situação que envolva a prática do crime do racismo. Para ela, somente através deste registro de ocorrência, é possível levar adiante os processos de responsabilização dos culpados. “Vivemos numa sociedade historicamente construída sob o viés opressor e discriminador. O racismo é, portanto, estrutural e precisamos denunciar em todos os momentos em que este fato aconteça”. .
As ações da Sepromi no Carnaval incluíram também um posto fixo na sede do Procon (Rua Carlos Gomes, 746, centro). No local eram oferecidas orientações jurídicas aos foliões, serviço integrado a diversos órgãos do Sistema de Justiça e secretarias estaduais.
Fonte Secom-Governo
Foto União Notícias