Ciro Gomes chama Lula de “enganador profissional” e “defunto eleitoral”
O candidato derrotado do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, fez duras críticas ao ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT, durante entrevista para o programa “Provocações” da TV Cultura. A informação é do Correio.
“Eu conheço o Lula. Ele é um encantador de serpentes, um enganador profissional. Não tem um companheiro com quem ele não tenha sido desleal ao longo da vida inteira, ele cultiva isso”, afirmou o pedetista, que ainda disse ter ficado deprimido com a falta de autocrítica do ex-presidente na entrevista que concedeu ao El País e à Folha de S. Paulo, na prisão em Curitiba.
Ciro disse que Lula deveria ter se abrigado em uma embaixada, se considera-se um preso político. “A petezada amalucada não percebe a incongruência. Se eu sou acusado falsamente e ameaçado de prisão arbitrária e política, eu iria a uma embaixada pedir asilo e denunciar. Se Lula se acha um preso político, é a única saída. Sugeri isso.”
Ciro ainda disse que o PT tem dificuldades em lidar com o fato de Lula ser um “defunto eleitoral” e não mostrou arrependimento por não ter apoiado Fernando Haddad no 2º turno das eleições.
“No PT todo mundo sabe que do ponto de vista eleitoral o Lula é carta fora do baralho. Como manejar este defunto eleitoral é muito delicado para todos eles. Ele fez uma lei que determina que num País com quatro graus de jurisdição, no 2º grau de condenação, você perde os direitos políticos. Ele está inelegível até fazer 90 anos”, disse. “Era só olhar para as pesquisas. Para o bolsominion, o Bolsonaro pode andar pelado na rua e isso vai ser relativizado. Assim virou o fanático do PT. Só que eu já engoli m* em nome deles demais. Mais muita. Dilma 1 e Dilma 2, por exemplo. Se ninguém sabia, eu sabia que ela não tinha experiência de nada. E o Michel Temer eu denunciei que ele rouba há mais de 30 anos. O governo dela foi um desastre transcendental e o PT apaga”, acrescentou.
Ciro Gomes ainda disse que Bolsonaro se aproveitou da rejeição ao PT e que encontrou, na facada que sofreu, um bom argumento para não ir aos debates.
“Significava que o mais tosco, simples e fácil de ser entendido como intérprete do antipetismo decolava. Era o Bolsonaro. Nenhum de nós, políticos, achava que ele se aguentava porque era muito vazio. Ninguém botava fé. Ele foi adiante por conta da facada, que deu a ele uma razão para não ir aos debates”, afirmou.